quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Poemiometria



Meus olhos fita métrica
Medem o quanto um poema alcança
E os meus dedos leme
Navegam nessas águas
Procurando, procurando....
Um poema pra medir
Mas ainda não sei o tamanho
Pois poema não tem fim, poema é infinito
E até hoje minha poemiometria
Desconhece o alcance da palavra em mim

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Plenitude



A incompletude me rega, me alimenta.
Falta um livro para ler, uma música escutar, um poema a escrever.
A resposta que não foi dada e também aquela que não dei e sempre me sinto incompleto.
Talvez o preenchimento desse vazio, torna-se-ia algo negativo e deixaria a vida sem grandes emoções.
O prazer de caminhar é a procura eterna do que nos completa mesmo sabendo que a plenitude sempre trará um novo tesouro em novos mapas e sempre estaremos escavando a vida.
E a falta de hoje não será a mesma de amanhã, dando espaço a uma nova ausência.
Pois sempre me falta, sou eu a minha falta e o meu melhor habitat.