domingo, 12 de abril de 2009

O caminhar do tempo



A senhora tristonha, dos cabelos grisalhos, sentou-se na praça da Sé.
Lembrou-se dos tempos de criança, admirou as Andorinhas e saboreou um café.

Debruçou-se sobre a balustrada nas laterais do Lacerda e chorou.
Recordou-se dos boêmios daquele antigo milênio que num piscar de olhos passou.

Avistou o São Marcelo, e não via mais suas ruínas.
Olhou as grandes e modernas embarcações e não viu o pescador.

Em voz alta e tom confuso pensou: É tudo tão novo! Só eu que envelheço Senhor?
- É a tecnologia minha senhora - respondeu o Batuqueiro que por ali passava e ainda retrucou:
- Não está vendo esse timbal metalizado? Se foram os tempos do atabaque, levaram os toques do agogô.

5 comentários:

  1. Boas palavras parceiro!No ilha bela tbm tem poeta!

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  2. bacana! Valeu pela presença lá no blog! Fico feliz que pessoas novas se acheguem nele ^^
    Quem foi que te indicou? Ou você achou sozinho?

    Bom.. de qualquer modo, brigada pelos comentários e principalmente pela leitura!

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  3. O tempo passa, porém se renova, mas a maioria de nós prossegue, envelhecidos, e exaustos por essa corrida... Belo texto, simples e sincero.

    Obrigada pela visita, e esteja sempre a vontade lá no blog!

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  4. bacana teu blog! vou seguir.
    abraços.

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